A
teoria de que os continentes não estiveram sempre nas suas posições
atuais foi sugerido pela primeira vez em 1596 pelo holandês Abraham
Ortelius, conhecido como pai do Atlas Moderno.
Foi
Ortelius quem sugeriu que as Américas "foram rasgadas e
afastadas da Europa e África
por
terremotos e inundações" e acrescentou: "os vestígios da
ruptura revelam-se, se alguém trouxer para a sua frente um mapa do
mundo e observar com cuidado as costas dos três continentes."
Essa ideia de Ortelius seria retomada no século 19.
Somente em 1912
é que a ideia do movimento dos continentes foi seriamente
considerada como uma teoria científica designada por "Deriva
dos Continentes" e publicada em dois artigos pelo meteorologista
alemão Alfred Lothar Wegener. Ele argumentou que há cerca de 200
milhões de anos, ainda na Era Paleozoica, havia um supercontinente
"mãe" - Pangeia - e um gigantesco oceano chamado
Pantalassa
O
Pangeia
começou a fraturar-se, primeiro se dividiu em dois grandes
continentes, Laurásia e Gondwana. Entre os dois, formou-se um mar
relativamente raso: o Mar de Tétis.
Laurásia
e Gondwana continuaram então a fraturar-se ao longo dos tempos,
dando origem aos atuais continentes. A Índia, por exemplo, soltou-se
de Gondwana formando uma ilha.
Como
conseqüência destes rompimentos, os oceanos também sofreram
divisão obedecendo as transformações provocadas pelas massas dos
novos continentes. Ainda para apoiar a teoria, fósseis de igual
espécie foram encontrados em diferentes continentes. Pelas
características da espécie foi possível afirmar que estes não
conseguiriam atravessar o oceano Atlântico para chegar ao outro
continente a menos que fizessem parte de um mesmo continente, há
milhões de anos, quando viveram.
Demonstração
da Teoria da Deriva Continental
Na
Era cenozoica as formas dos continentes começaram a se assemelhar às
formas atuais.
Era cenozoica
Nessa Era, a
Índia se chocou contra o continente asiático com tamanha pressão
que do choque entre as placas resultou a formação da cordilheira do
Himalaia, onde fica o monte Everest, o mais alto do planeta.
Uma das
evidências mais claras da deriva continental é o "encaixe"
quase perfeito entre os litorais leste da América do Sul e oeste da
África. A separação entre a África e a América do Sul decorreu
da movimentação constante das placas tectônicas sobre o manto,
movimento esse que aconteceu em todo o planeta.
Pode-se dizer
que a posição dos continentes vem se modificando no decorrer da
história da Terra. Essa constatação é resultado de estudos
recentes, realizados principalmente a partir de meados do século 20.
Esse
movimento dos continentes deve-se ao movimento
das placas tectônicas,
responsável também por abalos sísmicos e atividades
vulcânicas.
Fontes:
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/deriva-continental-pangeia-deu-origem-aos-continentes.htm
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